Vivemos imersos em estímulos digitais constantes de notificações a vídeos de poucos segundos, que moldam não só o consumo de conteúdo, mas também nossa estrutura cognitiva. Embora facilitem o acesso à informação, as redes sociais vêm cobrando um preço alto: a erosão da capacidade de concentração prolongada. Pesquisas recentes mostram que essa habilidade vem diminuindo, à medida que o cérebro se adapta a um fluxo fragmentado de dados. O fenômeno, porém, não é novo. Em 1985, Neil Postman (foto/reprodução internet) já alertava para os efeitos da televisão na superficialidade do pensamento, comparando-a à profundidade exigida pela leitura. Hoje, as redes ampliam esse processo, substituindo a reflexão contínua por estímulos breves, reforçando um padrão mental cada vez mais disperso.