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Conexão 20/21- Que futuro queremos agora?

O primeiro dia da maratona de lives no Conexão 20/21, evento promovido pela VB Comunicação, reuniu autoridades, empresários e profissionais que são referência em todo o país. Os debates continuam hoje, com foco na nova realidade no Brasil e no mundo devido a pandemia do Covid-19. O objetivo é o de compartilhar experiências, conteúdos ricos e opiniões. As lives estão acontecendo em três blocos, com três horas cada, de manhã, à tarde e à noite e tem como moderadores o diretor geral da VB Comunicação, Paulo Cesar de Oliveira; o diretor executivo do Grupo VB Comunicação, Gustavo César de Oliveira; a empresária e influenciadora digital, Bella Falconi e o escritor e investidor anjo João Kepler. O Conexão 20/21 tem o patrocínio do BMG- UpTec, Bossa Nova, Fiat, além do patrocínio Diamante da Andrade Gutierrez, Anglo American, drogaria Araujo, Sistema Faemg, Mater Dei, Multiplan, Super Nosso, Unimed-BH, Usiminas, mais o patrocínio Platina da CEMIG, CODEMGE, Medastream, SEBRAE, além do patrocínio Ouro do Aeroporto Internacional Belo Horizonte, BDMG/Governo de Minas Gerais, patrocínio Prata da Anglo Gold Ashanti, IBRAM, JAM, Ótimo, Pif Paf, UNIFIPMoc e apoio de HoPo, Yazo, Pessoa Comunicação, Mercure Hotéis, Fecomercio MG/Sesc e Fartura- Comidas do Brasil.

 

Em Minas setor agrícola já superou impactos da crise

A abertura do primeiro bloco da live, quando se discutiu o setor do agronegócio, foi do governador Romeu Zema, que fez um resumo das providências do governo de Minas para enfrentar a pandemia e preparar o estado para a retomada econômica. Ele criticou a falta de crédito para os empresários e admitiu que Minas terá, nos próximos meses, um recorde de falências e recuperação judicial de empresas de diversos setores. Esta previsão não atinge, no entanto, o setor agrícola que, no entendimento da secretária estadual de Agricultura, Ana Maria Valentini, conseguiu superar o forte impacto dos primeiros meses da crise, e já apresenta um crescimento robusto neste mês. Segundo ela, há previsão de exportação recorde de café este ano.

 

Mais tecnologia no campo

Os pequenos produtores, de produtos perecíveis especialmente, como hortifrúti, floricultura e leite, foram os mais atingidos em março e abril, primeiros meses da crise. Muitos, segundo lideranças do setor agrícola, não deverão retomar suas atividades. Mas, apesar dos problemas, em nenhum momento houve crise de desabastecimento de produtos agrícolas em Minas e no país. Para o presidente da Faemg, Roberto Simões, a crise vai promover mudanças profundas na estrutura produtiva no campo, com o setor absorvendo tecnologia que levará ao aumento da produção e à melhoria da qualidade dos produtos. A incorporação de tecnologia tem permitido a melhoria da sustentabilidade da atividade.

 

Agregar valor aos produtos do campo

A adoção de técnicas modernas de produção será fundamental não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo. O ex-ministro Alysson Paulinelli destacou que nos próximos cinquenta anos o país deverá responder pelo atendimento de 60% do crescimento da demanda por alimentos no mundo e poderá, com inovação e uso de tecnologia, ampliar a capacidade de produção da agricultura tropical, sem a necessidade de incorporação de novas áreas, ajudando assim na preservação ambiental. Para o senador Antonio Anastasia, não basta que o setor agrícola de Minas consiga aumentar sua produção. É importante, segundo ele, que se consiga agregar valor aos nossos produtos. A utilização de tecnologia no setor sucroenergético, foi destacada pelo presidente da Siamig, Mário Campos, que afirmou ser o setor responsável pela absorção da mão de obra de mais de dois milhões de brasileiros.

 

Importância da tecnologia

Nos blocos da tarde do Conexão 20/21, a discussão continuou em volta da importância da tecnologia digital para agilizar e permitir que empresas como a Usiminas continuassem com a sua linha de produção sem interrupção, mesmo com os estragos causados pela pandemia do Covid-19. O presidente da siderúrgica Sergio Leite conseguiu implantar algumas medidas como priorizar a proteção da vida das pessoas, seguido pela gestão de caixa. Tudo sintonizado com o comitê de crise do coronavirus, com atendimentos as comunidades onde a Usiminas atua , através dos quatro hospitais mantidos por ela. A empresa foi afetada pelo impacto da pandemia na economia, devido à queda de 36% no consumo de aço no país e consequente impacto no faturamento. Isso, no entanto, não impediu que houvesse um avanço na área tecnológica com foco na melhoria no processo de produção e redução dos custos.

 

Esforço para encontrar novos caminhos

Os efeitos da pandemia no governo de Minas estão sendo dramáticos segundo o secretário de Governo, Igor Mascarenhas Eto. Responsável pela negociação política com o legislativo mineiro, ele lembra que só em abril, a perda na arrecadação do Estado chegou a R$2 bilhões. O esforço do governo, segundo ele, é para encontrar novos caminhos. Com as restrições impostas pela pandemia do coronavirus, Igor Eto, considera que a experiência das videoconferências tem permitido um amplo debate virtual. Ele entende que a situação financeira crítica do Estado, que vinha desde antes da pandemia, não irá se resolver com situações pontuais. Apesar dessas dificuldades, o governo tem conseguido ajudar, principalmente, as micro e pequenas empresas, com as linhas de financiamento disponibilizadas pelo BDMG. Segundo o presidente do Banco, mais de 4.100 empresas foram atendidas, dessas 3.700 são micro e pequenas empresas.

 

Mineradoras melhoram comunicação com a sociedade

Um dos setores menos atingidos pela pandemia foi justamente o da mineração, que só perde para o agronegócio. Por outro lado, as mineradoras ajudaram comunidades que estavam desassistidas pelo governo e mostrou que comunicar não é tão difícil, mas é um processo de muito aprendizado. Os empresários do setor, no entanto, reclamam da tributação complexa no país e defendem que o debate sobre o tema seja amplo. Para o enfrentamento da pandemia, o setor entende que é necessário o apoio do governo e das comunidades.

 

São Paulo recebe hoje vacinas chinesas

Chegam nesta manhã a São Paulo o lote de vacinas chinesas que serão aplicadas, a partir de segunda-feira, em nove mil voluntários ligados à área da saúde em cinco estados. É a terceira e última fase e teste da vacina que, se aprovada, começará a ser aplicada no país em novembro. Aqui ela será produzida pelo Instituto Butantã. O anúncio da chegada das novas doses da vacina foi feito pelo governador João Doria que participou à noite da última etapa de ontem do Conexão 2020/2021. Doria anunciou ainda que São Paulo teve no mês de junho o maior número de registro de empresas de sua história, o que demonstra, na sua opinião, a disposição das pessoas em superar o mais rapidamente possível a crise econômica causada pelo coronavirus. O governador disse ainda que considera um legado da crise o aumento da solidariedade entre a população, dizendo que São Paulo já arrecadou R$ 788 milhões em doações de pessoas física e jurídicas para ajudar nos programas relacionados com a crise.

 

Mobilidade e comportamento

Um dos temas em debate no Conexão 20/21 foi a mobilidade nas grandes cidades e as alternativas disponíveis para grandes centros urbanos, como é o caso da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Se de um lado as empresas de transporte público pedem socorro para arcar com parte do custeio devido ao grande número de gratuidades, que acaba recaindo sobre o usuário que paga a passagem, do outro há a cobrança de mais agilidade e criatividade dos envolvidos com o transporte público. Enquanto os governos estadual e municipal buscam alternativas, a iniciativa privada tem encontrado alternativas para potencializar as vendas de veículos online e oferecendo novos serviços, como o de aluguel de carros e de bicicletas elétricas. O assunto está em pauta e o que todos concordam é que é preciso pensar na mobilidade de maneira integrada e inteligente para acabar com os gargalos de trânsito e para tornar o transporte público mais eficiente. Na live o secretário Marco Aurélio de Barcelos anunciou que o governo de Minas negocia com o governo federal a estadualização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos-CBTU, para conseguir ampliar a rede do metrô na Região Metropolitana de BH.

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