O presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados, Eduardo Amaro (foto), falou sobre o mercado da saúde. São, segundo ele, 6.300 hospitais entre públicos e privados e mais de 500 mil leitos. Os 25% da saúde suplementar aliviam o sistema de saúde e é importante para não sobrecarregar o SUS. Esse foi um ano totalmente atípico e a covid trouxe uma outra realidade para o sistema hospitalar. Logo no início da pandemia houve aumento de custos com máscaras, luvas, álcool gel, que tiveram reajustes grandes. Os hospitais não tinham ideia de como seria a pandemia. Houve uma sugestão de suspensão das cirurgias eletivas e houve uma redução em 36% nas internações. Hoje, conhece-se mais da Covid, mas antes desse entendimento, segundo ele, houve uma modificação das patologias em que se internava, como neoplasias do aparelho respiratório e com isso, os hospitais tiveram uma dificuldade financeira grande. O resultado financeiro de janeiro a junho foi 50% menor. Os hospitais precisaram passar por mudanças estruturais. Eduardo Amaro disse que os hospitais nunca tínham passado por uma crise assim, mas o fundo do poço ficou para trás, em abril e maio. E foi na crise que foram buscadas soluções, como o da Telemedicina, que segundo ele, veio para ficar. Sobre a polêmica em torno das vacinas, ele pondera que o mais importante é a parte técnica, e lembra que já tomamos um monte de vacinas e ninguém nunca perguntou sobre a origem delas.