Foi preciso um vírus para que a humanidade percebesse o quanto a família é importante nos dias de hoje. Só se fala em ficar em confinamento com os familiares. Devemos pensar muito sobre isso e dar valor ao que realmente importa. A gente tem até tempo para descobrir que foi preciso uma pandemia para as eternas mazelas brasileiras serem reveladas. Por exemplo, a máscara N95, é feita com uma malha fina de polímero sintético, que é um tecido não malhado de polipropileno obtido pelo processo chamado sopro por fusão. Pesquisando o assunto, constatei a existência de diversos projetos em universidades e na iniciativa privada buscando a fabricação dessas máscaras, como a Universidade Federal do Maranhão, já em fase de certificação do seu produto. Considerando a existência do amplo parque industrial brasileiro, fica a pergunta: por que até o presente não se fabricam, em quantidade suficiente, essas máscaras no Brasil? Se a resposta for que o produto chinês é mais barato, que tal os nossos industriais buscarem subsídios para fabricá-las, considerando tratar-se de artefato de interesse sanitário, em vez dos pleitos recorrentes de benesses tributárias e de financiamentos com juros na bacia das almas?