Cientistas políticos estão se debruçando sobre as pesquisas de intenção de voto para entenderem o nosso momento atual. Cruzando o levantamento feito pelo Instituto Ipec com aquele patrocinado pela fundação alemã Friedrich Ebert, estão chegando à conclusão de que os eleitores dos dois primeiros colocados, Lula (foto) e Bolsonaro, carecem de convicção com relação aos seus votos. Enquanto o da direita não aceita o desastre no combate à pandemia, o da esquerda rechaça o roubo desenfreado ocorrido nos governos petistas. Quanto aos demais eleitores, reina um sentimento de orfandade e eles constituem um contingente considerável e determinante à espera de algum perfil que os convença de um futuro melhor à revelia das candidaturas já postas. Como a campanha já ganhou as ruas, esse candidato tem que aparecer com tempestividade. Não há espaço para hesitação e procrastinação, porque não existe vácuo político.