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Cuidado com a propaganda enganosa

Paulo César de Oliveira
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O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG) está alertando sobre os riscos de propagandas com informações falsas que podem comprometer a segurança do paciente e da população. Algumas peças publicitárias informam erroneamente que a pessoa estará segura para visitar parentes e amigos, após a realização de um teste rápido para a Covid-19. Segundo o Conselho, os testes imunológicos, também chamados testes rápidos para a Covid-19, não são suficientes para estabelecer a segurança imunológica do paciente e assegurar que a pessoa não é capaz de transmitir o vírus. Tais testes são baseados na detecção de anticorpos produzidos pelo organismo, após alguns dias da contaminação pelo coronavírus. Contudo, cada pessoa pode apresentar uma resposta imunológica diferente e, assim, dependendo do dia do teste e do estado do paciente, é possível que o organismo não apresente anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados no teste, gerando o falso negativo. Ou seja, a pessoa foi contaminada, mas o teste informa que não. Mesmo com resultado positivo, que certifica que a pessoa já foi contaminada, não há como garantir que a imunidade protegerá a pessoa de uma nova infecção. O coronavírus causador da Covid-19 é um vírus novo, que pode sofrer mutação e infectar a mesma pessoa novamente, como acontece com a dengue. “Induzir o paciente sobre uma falsa segurança, levando-o a diminuir os cuidados de isolamento e circular livremente, é um problema grave para a saúde coletiva”, alerta a presidente do CRF/MG, Júnia Célia de Medeiros (foto). A presidente informa que os testes rápidos são úteis para investigação imunológica, mas devem ser feitos com critério e orientados por um profissional da saúde.

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