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Blog do PCO

Gestão Pública

Uma das regiões mais ricas do Brasil, o Oeste de Minas Gerais e o Triângulo Mineiro vivem um processo econômico à parte no país. Mesmo com os estragos causados pela pandemia da Covid-19, ela cresce e se desenvolve. Mas os prefeitos da região buscam uma unidade maior para garantir obras e melhorias, não só na área de saúde, como para o escoamento da produção e para a atração de novas empresas. A cidade de Patos de Minas, que movimenta em seu entorno pelo menos 300 mil pessoas, sofreu muito com os impactos da pandemia da Covid-19. A cidade chegou a ter 300 casos dia, o que impôs uma série de medidas e investimentos na área de saúde, que triplicou os leitos de UTI e aumentou os leitos clínicos para garantir o atendimento à população. Atualmente, são de 30 a 40 casos dia. Com a situação controlada, o objetivo é o de intensificar a retomada da economia. O assessor de Desenvolvimento Econômico de Patos de Minas, Douglas Tavares, falou que o Fórum de Minas, evento promovido pela VB Comunicação, é importante para debater essas questões. Patos de Minas, segundo ele, tem 25% do PIB agrícola do estado, e por isso está sendo feito o mapeamento do município, com projetos que possam atrair mais empresas para a região e fortalecer as que já existem. Mas para tanto, o poder público precisa fazer a sua parte, segundo ele. Há uma necessidade urgente de investimentos em melhoria das estradas para escoamento da produção, já que para falar em atração de novos investimentos, é preciso pensar também na infraestrutura, lembrando que Patos de Minas é uma cidade bem localizada e é um ponto de escoamento, transbordo de carga. Os eventos da região também ficaram prejudicados, como é o caso da Festa do Milho, famosa no país e que une fornecedores e o setor produtivo. Todo o setor de eventos foi prejudicado e a expectativa é a de que com a vacinação, a vida retome à sua normalidade.

Investimentos em infraestrutura

A região onde está localizada São Gonçalo do Abaeté é rica e próspera. Tem tudo o que se precisa para desenvolver, água e terra. Tem a maior área irrigada do país, mas, sempre tem “um mas”, segundo o prefeito da cidade, Fabiano Lucas. Para ele, faltam investimentos na região, principalmente rodoviário e, na sua opinião, o programa de concessão de rodovias que envolve as BRs 262 e 040, que passam pela região, não funciona. Ele disse que os pedágios são caros para os empresários e para o poder público e as estradas estão em situação precária ou seja, paga-se um preço alto por um sistema que não funciona. Fabiano Lucas disse que tudo funciona muito bem da porteira para dentro, mas quando é da porteira para fora, a situação é outra. Ele também reclama da falta de investimentos da Cemig, que tem prejudicado os empresários da região, além das deficiências da legislação ambiental, que burocratiza ações que deveriam ser simples, como a poda de uma árvore. Os problemas são potencializados, segundo ele, com a proximidade das eleições. Temas importantes como o pacto federativo ganham força, mas as soluções não chegam aos municípios, onde mora o cidadão. Fabiano também reclama da falta de sintonia entre as prefeituras para conseguir melhorias para a região.

Parcerias necessárias

A pandemia da Covid-19 deixa claro que o momento não é de falar em política, mas de parcerias. Pelo menos é o que pensa o secretário municipal de Gabinete e Comunicação de Araguari, Flávio Soares (foto), que argumenta que a crise sanitária trouxe uma nova realidade, sem respostas prontas. A dependência entre os municípios ficou evidente nesse momento de crise sanitária. Araguari, como outras cidades da região, sempre dependeram de Uberlândia, que é a cidade referência no Triângulo Mineiro e por décadas foi assim. Araguari, assim como Patos de Minas, assumiu o papel de referência para municípios menores. Em determinado momento, o município teve 100% dos leitos de alta complexidade ocupados e foi necessário transferir pacientes para Uberlândia. Araguari também recebeu pacientes de cidades menores. Essa é uma prova, segundo Flávio Soares, de que essa queda de braços não deve ser feita. A palavra de ordem agora, segundo ele, é o das parcerias e são elas que precisam ser fortalecidas. A prefeitura também busca autonomia para a instalação de indústrias para o município para atender o agronegócio e outros segmentos.

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