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Hoje é 1º de Maio. Quem tem emprego que comemore

Não há muito a se comemorar neste momento, mas hoje é 1º de Maio, Dia do Trabalho. Um dia de feriado não apenas no Brasil, mas em pelo menos 80 países. O dia marca a luta de trabalhadores americanos pela redução da jornada de trabalho. Era o ano de 1886 e, já à época, se defendia a jornada de oito horas, num país onde-, acreditem não era regime de escravidão- trabalhadores enfrentavam até 16 de horas de trabalho em todas as atividades. A luta foi intensa, inclusive com mortes e muitas prisões, mas valeu a pena pois serviu de lição para o mundo. No Brasil, o 1º de Maio virou feriado em 1924, por decreto do então presidente Arthur Bernardes. Foi também a data escolhida por Getúlio para lançar a hoje tão estropiada Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que durante muitos anos regeu soberanamente, as relações entre patrões e empregados. Mas apesar de tantas mudanças, o 1º de Maio continua a ser lembrado no mundo, embora já não seja, como foi, um dia de luta. Hoje a luta dos trabalhadores é outra. Hoje no mundo, e a pandemia do coronavírus veio apenas para aumentar o drama, já não se luta tanto por melhorias das condições de trabalho. A luta agora, e ela tem sido inglória, é pelo emprego mesmo. A última pesquisa sobre o emprego, divulgada ontem, indica que 12,9 milhões de brasileiros estão desempregados. Se somarmos a isto os subempregados, o índice de quem não tem emprego formal é bem maior. E os que estão formalmente empregados, ainda estão sofrendo redução salarial. Esta é a realidade de hoje, mas, certamente a de amanhã será bem pior. A previsão não é dos catastrofistas. É mesmo dos técnicos mais otimistas, que preveem não apenas a redução dos empregos de forma temporária. Pior, acham que em muitos setores eles não voltarão. E mais, quem quiser conquistar uma das vagas, ou se manter na que ocupa, deve se preparar melhor. A disputa será renhida. Quem pode, comemore o 1º de Maio.

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