Jantar de difícil digestão

Repercutiu nas redes sociais a live do presidente Jair Bolsonaro, em que ele dedicou parte do seu tempo para criticar o jantar entre o ex-presidente Lula (foto), PT, e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) em São Paulo. Foram necessários vários dias para que o presidente Bolsonaro assimilasse o ocorrido. Os três poderão se enfrentar nas eleições de 2022. Ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, Bolsonaro usou o seu habitual tom de deboche para desqualificar os adversários e com o título “Jantar pela Democracia” criticou os presentes, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, e definiu o jantar como “pessoas que já foram presas”. “Você iria num jantar onde estivesse presente [os senadores] Renan Calheiros, Osmar Aziz [PSD-AM], Randolfe Rodrigues [Rede-AP]? Acho que não, né? Esse trio tava lá, assim como outras pessoas conhecidíssimas da política nacional -algumas já foram presas, inclusive”. As críticas de Bolsonaro, no entanto, acabaram se voltando contra ele. Muitos questionam qual moral ele tem para criticar, já que se aliou ao Centrão, ala política que tanto criticou, e agora, segundo seus críticos, quer ditar regras de convivência. O presidente não tem mesmo desconfiômetro. (Foto reprodução internet)