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Blog do PCO

Jogo Aberto

*Em meio à pandemia global de coronavírus, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro (foto), publicou ontem uma mensagem motivacional em sua conta no Twitter, com referências aos Estados Unidos e à China. “‘A única coisa que devemos temer é o próprio medo, o inominado, o irracional, o terror injustificado que paralisa os esforços necessários para converter recuos em avanços’. Grande discurso. Sairemos juntos, fortes, como a China já está saindo, sem pânico, com prudência e solidariedade”, escreveu o ministro. O discurso a que Moro se refere foi proferido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que governou o país no começo do século passado, na esteira da crise econômica. Já a citação explícita à China ocorre após uma indisposição ao longo da semana, quando o deputado federa e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, fez declarações que foram mal recebidas pelo embaixador chinês no Brasil.

 

*Dois dias após a polêmica criada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a “culpa” pelo coronavírus, faixas com ofensas foram colocadas em frente à Embaixada da China em Brasília. Os dizeres foram fincados em frente à unidade diplomática na tarde de sexta-feira. Houve uma filmagem e, depois, as faixas foram retiradas supostamente pela mesma pessoa, ainda não identificada. O ministro conselheiro da Embaixada, Qu Yuhui, disse que suspeita que uma pessoa foi paga para fazer o serviço. “É uma palhaçada, né?”, afirmou ele ao UOL na manhã de ontem.

 

*A Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de sua Presidência da Procuradoria Constitucional, disse que a decretação de estado de sítio por causa da pandemia do novo coronavírus é inconstitucional. O documento foi elaborado após a revista eletrônica Crusoé divulgar que o governo de Jair Bolsonaro estava consultando seus ministros sobre a eventual possibilidade de um decreto neste sentido em decorrência do surto. “À luz dos princípios norteadores do nosso sistema constitucional de crises e das regras sobre estado de sítio previstas na Constituição, o recurso a tal medida extrema no contexto atual se mostra flagrantemente inconstitucional e descabido”, afirma a entidade, em parecer.

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