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Jogo Aberto

Paulo César de Oliveira
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*Presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner (foto) diz que a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça é “o começo do fim de Bolsonaro”. O instituto reúne cerca de 300 empresários de todo o País que apoiaram o presidente. ”É impressionante. Todo mundo acreditou que Bolsonaro pudesse fazer uma transformação na política brasileira, uma limpa, combater a corrupção. Hoje, qualquer tipo de esperança que a gente pudesse ter no Bolsonaro veio por água abaixo. Não só pela saída do Sérgio Moro, gravíssima, que abala fortemente a base de sustentação do governo, mas as acusações são extremamente graves. Essa interferência, que ele queria ter na Polícia Federal, não vimos nem na época do PT quando começou a Lava Jato. Mostra outra faceta do Bolsonaro que até agora não havia sido exposta. O apoio fica completamente abalado. Apoio se perde. Não tem como manter apoio a um presidente que vai tão de desencontro aos valores que o elegeram. A gente elegeu o Bolsonaro para combater a corrupção e ele está fazendo o contrário. Não posso falar por todos. Mas, sem dúvida, é o começo do fim do Bolsonaro. Dificilmente, ele vai conseguir uma base de apoio dos empresários”.

 

*À frente de 120 reestruturações corporativas e da renegociação de R$ 180 bilhões em dívidas nos últimos dez anos, Ricardo Knoepfelmacher, sócio da consultoria RK Partners, calcula que ao menos 500 grandes empresas brasileiras – com faturamento anual acima de R$ 500 milhões e dívidas de mais de R$ 300 milhões – terão de passar por esse processo, em decorrência da crise detonada pelo novo coronavírus. Ricardo K (foto), como é conhecido, foi responsável pela reestruturação do Grupo X, de Eike Batista, e da Odebrecht, maior recuperação judicial do País. “Não descarto que dessas 500, uma centena tenha pedidos de recuperação judicial.” Para ele, a pandemia da covid-19 é um evento “sem precedentes”, incomparável a crises anteriores, como a de 2008. “Temos hoje um choque de ausência de demanda. Setores inteiros da economia tiveram de parar durante meses.”

 

 

*A Petrobras informou às distribuidoras que vai reduzir o diesel em 10% a partir desta segunda-feira, dia 27, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).A redução acontece em uma semana em que o petróleo tipo WTI atingiu baixa histórica e o tipo Brent ultrapassou para baixo a barreira dos US$ 20 o barril. Na sexta-feira, 24, no entanto, os contratos para junho da commodity ensaiaram recuperação, se mantendo, porém, em cotações deprimidas. O WTI subiu 2,67%, cotado a US$ 16,94/barril e o Brent a US$ 21,44/barril, em alta de 0,52%. A queda do diesel e de outros derivados de petróleo, acompanham a derrocada do preço do petróleo desde o início da pandemia do coronavírus, que afetou drasticamente a demanda global. No Brasil, a queda de consumo do diesel é da ordem de 22% desde o início da pandemia.

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