O isolamento social para conter a disseminação do coronavirus provocou um revés inesperado no faturamento da indústria brasileira. O setor está mobiliado na busca por propostas para que, tanto o Governo Federal quanto as administrações estaduais, possam ajudar na sobrevivência dos negócios no país. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga (foto), defendeu ontem em entrevista à Tv. Brasil estratégias para facilitar a disponibilização mais rápida e eficiente de crédito e um planejamento para a retomada das atividades com maior previsibilidade para que a indústria se organize e consiga sobreviver. “Nós temos que salvar as empresas no momento em que estão doentes. Porque se deixarmos elas chegarem ao estado terminal, não tem salvação. Você imagina quanto que a sociedade, quanto que o país gastou para que essa empresa existisse? Esse estrago você não recupera depois”, disse. Em março deste ano, o faturamento da indústria teve o pior resultado para o mês dos últimos 18 anos. O setor, que iniciou o ano com a expectativa de crescimento, se viu diante de uma retração de 9,1% em relação ao faturamento de fevereiro. “A gente acredita que vai haver um problema sério de recuperação judicial, de falências, de empresas que terão muitas dificuldades para se manterem no mercado. A grande necessidade que as empresas têm hoje é a questão financeira. Elas precisam de recursos para pagar salários, pagar fornecedores. É uma cadeia que precisa de capital de giro e de financiamento”, explicou. A CNIE defende, por exemplo, testes em estados onde o impacto da covid-19 tem sido menor e cita Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além de cidades do interior. “Nossa proposta, sempre considerando que o fator mais importante hoje é a proteção da vida das pessoas, é de planejar de maneira organizada esse retorno por cidades, por setor, que emprega mais, por exemplo, por micro e pequenas empresas”, disse.
*Em virtude do isolamento social imposto pelo avanço da Covid-19 no país, a tradicional missa em homenagem ao patrono da advocacia, santo Ivo, será transmitida online pela primeira vez. A missa será celebrada às 19h dessa terça-feira (19/5), pelo padre Jonatas Diniz, e será transmitida pela OAB-SP, Aasp e Iasp, diretamente da paróquia de Santo Ivo, na região do Ibirapuera, em São Paulo. A tradicional missa seguirá todas as orientações da Organização Mundial de Saúde, assim como da própria Arquidiocese de São Paulo, de forma a que seja resguardada a distância entre o celebrante e os músicos do ministério, e que nenhum dos presentes pertença ao grupo de risco. Santo Ivo, que morrei em 1303, era inovador e instituiu a justiça gratuita e a conciliação. Uma de suas frases mais lembradas é: “Jura-me que sua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente”.
*Possível é, O vice-presidente General Hamilton Mourão e sua mulher Paula, receberam ontem o resultado negativo para coronavírus. O resultado saiu pouco mais de 24 horas após a coleta do material. Falta o exame de contraprova. Bom lembrar que em Minas são mais de cem mil os casos suspeitos à espera da realização do exame.
*Em missa celebrada ontem, na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco lembrou as pessoas que fazem o serviço de limpeza nas casas, nos hospitais e nas ruas. “Hoje, a nossa oração é pelas muitas pessoas que limpam os hospitais, as ruas, que esvaziam as lixeiras, que passam pelas casas para recolher o lixo: um trabalho que ninguém vê, mas que é necessário para sobreviver”. Na homilia, afirmou que na sociedade há guerras, contrastes e insultos porque “falta o Pai: o Espírito Santo ensina o acesso ao Pai que faz de nós irmãos, uma única família, e nos dá a mansidão dos filhos de Deus”.
*O presidente Bolsonaro devia ficar constrangido com as últimas manifestações favoráveis ao seu governo. O público tem sido diminuto, como ontem em Brasília e Belo Horizonte. Talvez se seus devotos reduzissem o número de manifestações teriam mais público.
*As confecções de malhas do Sul de Minas acumulam um prejuízo de 70% no faturamento. Nessa época do ano, várias cidades recebem compradores de todas as partes do país. Com a pandemia do coronavirus, o comércio está vazio. Com a pandemia, está tudo praticamente parado neste outono.
