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Juíza presidente da associação da classe acredita na intervenção no Rio

Mesmo sem uma estratégia definida e alvo de críticas de especialistas em segurança pública e defensores de direitos humanos, a intervenção federal na segurança do Rio foi bem recebida pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), cuja presidente, Renata Gil (foto), começou o segundo mandato assumindo o compromisso de fazer a interlocução para que a medida seja bem-sucedida e a sociedade “finalmente se sinta protegida”. Em entrevista à BBC Brtasil a juíza, que tem 20 anos de experiência em varas criminais, afirma ver a intervenção “com bons olhos” e, a despeito do longo histórico de políticas fracassadas na área de segurança no Rio, vê potencial na ofensiva atual por ser um esforço do governo federal. “Os olhos estão voltados para o Rio de Janeiro. Existe vontade para dar certo”, considera. “Se a ação é política ou não, eu não sei. Mas ninguém exporia a nossa força máxima, que é o Exército brasileiro, a uma situação que fosse apenas paliativa.”

 

Cautela na análise de denúncias

Para a juíza, a sociedade civil e o Judiciário devem se engajar para que intervenção tenha eficácia, cabendo aos magistrados dar “resposta rápida” às forças de segurança quando medidas judiciais se fizerem “urgentes e necessárias” para o andamento de suas ações. Gil afirma, entretanto, que magistrados têm visto a intervenção com cautela e que o Judiciário terá o papel fundamental de fazer a “salvaguarda da sociedade”. “Os excessos que vierem a ser cometidos pelas forças de segurança serão trazidos a nós. Temos que ter a cautela de saber separar a ação legítima da ação ilegítima”, afirma.

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