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Luiza Trajano fala na live do Conexão Empresarial sobre o atual cenário brasileiro

Única mulher presidente de empesa que atua na Bolsa de Valores, a empresária Luiza Trajano (foto) é atualmente um dos principais nomes do varejo no país. Ela dirige uma rede de lojas do Magazine Luiza e de outras empresas integradas a Magalu. Pioneira nas vendas on-line, pelo menos 20 mil empresas buscam atrelar seus nomes ao Grupo, mas o que mais a estimula é o fato de que pelo menos cinco mil delas está ali para aprender a trabalhar na plataforma digital. Convidada da live do Conexão Empresarial dessa segunda-feira, Luiza Trajano também mostrou o seu lado generoso, com a preocupação em manter a segurança das pessoas que trabalham para o grupo e para os milhões de consumidores espalhados pelo país. Atualmente, das 1.200 lojas, 460 estão abertas nas cidades onde está permitido o funcionamento, mas tudo assessorado por uma equipe médica e respeitando as regras de convivência impostas pela pandemia do coronavirus.

 

Privilegiando a vida

De uma cidade no interior de São Paulo onde acompanha a crise provocada pelo coronavirus, Luiza Trajano disse que nesse momento a preocupação maior é com as pessoas e por isso o grupo decidiu privilegiar a vida. Nas cidades onde o Magazine Luiza está presente, é estudada diariamente a evolução do vírus. Se as máscaras são necessárias, é preciso que defenda o seu uso. O momento, segundo a empresária, é a de escolher as nossas bandeiras e lutar por elas. Esse é um dos papéis das pessoas que exercem algum tipo de liderança: o de provocar para que as mudanças aconteçam.

 

Inovação e atendimento

Esse caminho que ela começou a trilhar bem cedo, sempre teve como regra o fazer diferente com inovação e atendimento. Por isso o investimento nas lojas on-line em 1991, quando ninguém ainda falava sobre o assunto fez com que a empresa fosse pressionada na Bolsa de Valores. Foi na pequena Cássia, cidade mineira, quase na divisa com São Paulo e próximo à fazenda, que Luiza Trajano iniciou com a venda digital. O que ajudou a manter o foco nas vendas pela internet foi o propósito de não abrir mão do seu objetivo, que depois se mostrou acertado, apesar das oscilações que as ações da empresa tiveram na Bolsa. Mas essa é a vantagem que ela tinha por ter a maioria das ações. Na época tinha 74% e atualmente 61% das ações do grupo. Foram três anos de pressão para depois o mercado mostrar que ela estava certa.

 

Falta de previsibilidade

Um dos pontos debatidos na live foi a falta de previsibilidade no mercado, que tem afetado principalmente a indústria. Mesmo nas cidades onde o comércio está abrindo, o consumo está reprimido, segundo Luiza Trajano. Alguns setores, no entanto, têm surpreendido, como o aumento na venda de cosméticos. A empresária acredita que o desempenho da economia vai depender do nível de desemprego e prevê pelo menos de seis a sete meses para que o país encontre o seu rumo, se houver investimentos em infraestrutura e nas pequenas e médias empresas. As mudanças principais, no seu entendimento, vão depender do comprometimento da sociedade para buscá-las. Ela lembra que no país são pelo menos 20 milhões de pessoas sem cassa própria e não se pode falar em igualdade com os países em desenvolvimento se essa questão não for enfrentada. O investimento em educação é outra prioridade. Ela defendeu prioridade dos projetos que estão tramitando no Congresso Nacional para permitir a universalização do acesso à internet e nos investimentos em ciência e tecnologia.

 

Avanço digital

O e-commerce teve um forte impulso a partir do coronavirus e tornou-se uma necessidade. Mas alguns setores terão uma dificuldade maior para retomar o mercado, como é o caso do turismo. Por isso, Luiza Trajano tem se empenhado para que o turismo no país fique mais barato e acessível. Ela lembra que a atividade gera muitos empregos, do piloto do avião, ao menino que carrega bagagem. Assim, é preciso ajudá-lo a se reerguer rapidamente. Questionada sobre a sua entrada na política, a empresária disse que foi convidada para atuar no governo de Dilma Rousseff, mas o que ela quer mesmo é ampliar esse grupo apartidário o “Mulheres do Brasil” para mudar o país.

 

A live do Conexão Empresarial

A live teve como moderadora a digital influencer Bella Falconi e participação especial de João Kepler. Participaram do debate Paulo Cesar Oliveira, da VB Comunicação; Leandro Costa, CEO da Suggar Eletrodomésticos; Adriana Machado, presidente e diretora de Inspiração da Tom Comunicação; Fátima Turano, reitora da UNIFIPMoc de Montes Claros; Rafaela Nejm, diretora de Marketing do Grupo Super Nosso, e Alessandro Ferreira, vice-presidente Comercial e Marketing do Grupo Pardini. O Conexão Empresarial 100% digital tem o patrocínio da Usiminas, Unimed BH, Hermes Pardini e apoio da JAM, IBRAM, Klus, além dos apoiadores Anglo American, D’or Consultoria, Mercantil do Brasil, jornal o Tempo e Pad. O evento tem como media partners a Band, Itatiaia, Viver Brasil e BLOGDOPCO.

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