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Memórias de um autor cantadas por sua filha

Paulo César de Oliveira
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Literatura e música, escritor e cantora, pai e filha. O sarau litero-musical “Solidão no Fundo da Agulha” protagonizado pelo escritor Ignácio de Loyola Brandão (foto) e sua filha, a cantora  Rita Gullo, é uma linda junção da arte da crônica literária com a poética ritmada da música. O sarau acontece na próxima quinta, às 19h30m, numa edição especial do projeto O Autor na Academia, a Academia Mineira de Letras. No sarau o escritor apresenta crônicas e contos do livro “Solidão no fundo da agulha”, publicado em 2013 pela Fundação Carlos Chagas – Projeto Livros Para Todos, acompanhado por canções que inspiraram o autor, interpretadas por Rita Gullo. O sarau é uma viagem pelas memórias de Ignácio de Loyola contada por meio de uma biografia musical que narra principalmente fatos do início de sua carreira como jornalista e traz algumas músicas que marcaram esses fatos. A canção  Amado Mio, por exemplo, que tocou no dia em que ele conseguiu o primeiro emprego em um jornal. Ignácio narra também que foi proibido de ver o filme Gilda, que tinha a música como trilha sonora, por causa de uma cena de strip tease da protagonista Rita Hayworth. O autor ficava do lado de fora do cinema, apenas imaginando a cena e ouvindo a canção. Aos 30 anos, quando finalmente teve oportunidade de assistir ao longa, descobriu que ela só tirou uma luva, “Mas nunca ninguém tirou uma luva com tanta sensualidade”, acrescenta.

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