A vitória de Donald Trump coloca em xeque a metodologia de pesquisa eleitoral, que tanto nos Estados Unidos, como no Brasil e em outros países, parecem retratar cada vez menos a vontade do eleitor. Nos EUA, praticamente todos os institutos deram como certa a vitória de Hillary Clinton. Um dos fundadores do Instituto Vox Populi, João Francisco Meira (foto), observa que muitos se recusam a responder as pesquisas. A taxa de pessoas que concordam em dar entrevista é muito baixa. Nos Estados Unidos ela é de 8%, ou seja, de cada 100 indivíduos convidados a responder a um questionário, menos de 10 efetivamente aceitam participar. Nesse contexto, segundo João Francisco, a amostra, em vez de representar todos os eleitores é apenas um retrato dos que quiseram responder à pesquisa. Isso significa que o princípio da representatividade das amostras fica prejudicado. Para ele a grande pergunta é: “Como a Pesquisa de Opinião vai responder a esse desafio?”.
O desafio dos Institutos de Pesquisa de Opinião
