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O desemprego nas Américas

As Américas passaram de região menos afetada em termos de mercado de trabalho no primeiro trimestre para a mais abalada, e deve sofrer uma queda de 13,1% em horas de trabalho no segundo trimestre, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder (foto), em entrevista. Isso se deve ao fato de a região ter se tornado o novo epicentro do surto. Ryder disse ainda estar “extremamente preocupado” com os jovens, que estão sendo afetados pela crise de forma desproporcional, alertando que isso pode levar a uma “geração isolamento”. Segundo ele, “os jovens serão simplesmente deixados para trás, e em grande quantidade. O perigo é este choque inicial nos jovens durar uma década ou mais. Isso afetará a trajetória (do emprego) no decorrer de suas vidas profissionais”. Mais de uma de cada seis pessoas empregadas de até 24 anos perdeu o emprego desde o início do surto, segundo a OIT.A OIT elevou sua estimativa de perda de empregos no primeiro trimestre em 7 milhões, o que totaliza 135 milhões de postos.

 

O problema brasileiro

A organização também ressaltou os problemas específicos dos Estados Unidos e do Brasil. É “preocupante” que o mercado de trabalho dos EUA continue “difícil” enquanto outros países que suavizam seus isolamentos tenham começado a ver recuperações modestas, disse Sangheon Lee, diretor do Departamento de Políticas de Emprego da entidade. No Brasil, existem “bons motivos para estar preocupado tanto com a trajetória da pandemia quanto com sua capacidade de adotar o tipo certo de medidas (para o ambiente de trabalho) para reagir a ela”, disse Ryder. Nesta quarta-feira, o Ministério da Economia informou que o Brasil fechou 763.232 vagas formais de trabalho no período de janeiro a abril de 2020.

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