O juiz moderno não pode mais ser aquela figura da “torre de marfim”, especialista em temas do Direito, mas insensível ao que acontece fora de seu gabinete. O entendimento é do diretor-geral da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, a Emerj, Ricardo Rodrigues Cardozo (foto). Para ele, se antes a ordem era que os juízes só falassem nos autos e se isolassem para manter não só a imparcialidade, mas também as aparências, agora precisam se abrir para a sociedade. Isso implica receber as partes, falar com a imprensa e buscar entender o que está em jogo nos processos. Em relação ao juiz federal Sergio Moro, pelos processos que conduz, ele tem nas mãos o destino de muita gente poderosa. Mas o juiz sério não está preocupado com isso, está preocupado em fazer justiça. Agora, para quem está de fora, ele vira uma inspiração. Isso ocorre com qualquer profissão.