Um total de 4.522.895 indenizações foi pago por acidentes de trânsito em todo o Brasil, nos dez anos compreendidos entre 2008 e 2017. É o que revela boletim especial divulgado no Rio de Janeiro pela Seguradora Líder, administradora do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não (DPVAT). Desse total, 504 mil indenizações foram pagas por morte, 3,137 milhões por invalidez permanente e 881,6 mil por despesas médicas. O boletim visa conscientizar a população para a necessidade de redução da violência no trânsito e se insere no movimento global Maio Amarelo, cujo objetivo é chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. O Brasil detém a quinta posição no ‘ranking’ de países com maior índice de acidentes de trânsito em nível mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O boletim especial do DPVAT revela que, em 2017, as indenizações pagas aumentaram 41% em relação ao ano de 2008. Foram 383.993 indenizações no ano passado, contra 272.003, em 2008.
Motocicletas
Apesar de representarem apenas 27% da frota nacional de veículos, de acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as motocicletas foram responsáveis por 70,45% das indenizações pagas, o que correspondeu a 3.193.228 pagamentos. Foram cerca de 198,4 mil indenizações por morte e 2,4 milhões por invalidez permanente, a maioria homens. O superintendente de operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, salientou que a frota de motocicletas foi a que registrou maior expansão nesses 10 anos. Subiu de 13,2 milhões para 25,7 milhões no período. O maior incremento foi observado na Região Nordeste: 165% na quantidade de motos, chegando a uma frota de mais de 2,4 milhões em 2017. Foi também o Nordeste que mostrou salto mais significativo no número de indenizações para todos os tipos de veículo. O crescimento atingiu 158%, embora a frota de motos ainda seja a terceira maior do país (17% dos veículos), disse Froes acrescentando que somente em 2017, foram 122.468 indenizações contra 47.509 em 2008.