Quando o Ministro Celso de Mello (foto) autorizou a instauração de inquérito para apuração de fatos noticiados por Sergio Moro, lembrei-me de Shakespeare para interpretar essa decisão assim: há mais coisas entre a instauração de um inquérito de tal natureza e a sua conclusão, do que pode imaginar nossa vã filosofia. Assim como as CPIs, sabe-se como uma coisa dessas começa. Como termina, é contar com o futuro. Ademais, o decano do STF foi muito claro e incisivo ao dizer, em seu despacho que “ninguém, nem mesmo o Chefe do Poder Executivo da União, está acima da autoridade da Constituição e das leis”.