Não passa despercebida a ordem unida no sentido de forçar a mão no pequeno aumento nas pesquisas do presidente da República e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. O aumento de dois ou três dígitos é natural nessa altura, mas note-se que não foi dada a mesma ênfase no fato de que os pontos que o presidente subiu foram retirados de Sérgio Moro (foto), bolsonaristas desgarrados que voltaram ao rebanho. Nas cinco últimas eleições presidenciais o candidato derrotado fez mais de 40% dos votos válidos, na média de 43% a 48%, ou seja, é óbvio que Jair Bolsonaro vai aumentar sua votação, se eventualmente disputar o segundo turno, conforme as pesquisas indicam, numa disputa direta com Lula, que há um ano mantém mais de 42% de intenções de voto.
Aliança enfraquece candidatura
Além de Lula partir de uma base e um patamar muito sólidos, especialmente no Nordeste, segunda região mais populosa do país, a aliança com Geraldo Alckmin em São Paulo tira votos de Bolsonaro num reduto bolsonarista, o interior do Estado paulista, e tende a desequilibrar a eleição a favor do petista. Sem esquecer que Bolsonaro também contribui com um governo absolutamente grotesco. Pelo menos 56% de brasileiros não votam nele de jeito nenhum. (Foto reprodução internet)