Por culpa nossa estamos retroagindo

Quando pensávamos em avançar, iniciamos a semana retroagindo. Belo Horizonte, diversas cidades de Minas e várias Brasil afora, se fecham novamente a partir desta segunda-feira, na tentativa de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Vamos pagar o preço da imprudência e da falta de civilidade de milhões que insistem em desrespeitar regras sanitárias usadas, com maior ou menor sucesso, em todo o mundo. Estamos lutando contra algo que desconhecemos totalmente e enfrentando batalhas sem qualquer armamento a não ser a prudência e máscaras. Insistimos em menosprezar o inimigo. Nos achamos invencíveis e imune a tudo. Nos achamos no direito, de criarmos situações que ajudem na propagação de um mal que não é uma gripezinha e que já matou mais de 50 mil pessoas – que tinham nome, família, amigo, sonhos – no país e outras milhares no mundo. Colaboramos para que outros milhões no mundo fossem infectados. E desconhecemos totalmente o que poderá acontecer a estas pessoas que contraíram o vírus, mas conseguiram sobreviver. Que tipo de sequelas poderão ter? Como parece que o respeito às pessoas, mesmo a seus familiares, inclusive às suas crianças, não é o forte destas pessoas- de todas as classes sociais, de todos os níveis de escolaridade e de todas as faixas etárias, registre-se- vamos lembrar de um outro aspecto do problema: o econômico. Estamos sendo forçados a retroagir e isto tem um custo econômico. Um alto custo econômico, com enorme repercussão social. Milhares de cidadãos sem responsabilidade social, se acham no direito de prejudicar milhões de brasileiros que estão perdendo seus empregos, sua renda, a comida de sua mesa, com a paralisação econômica. E depois querem culpar os que, no exercício do Poder, têm a coragem de adotar as medidas necessárias, mesmo contra os demagogos, imputando-lhes a responsabilidade pelo agravamento da crise social como consequência da crise econômica. A estes um apelo: respeitem os outros cidadãos. Respeitem suas famílias.