Embora assuma nem saber enviar mensagens pelo celular, o idealizador e presidente de Inhotim, Bernardo Paz (foto), diz que “a tecnologia será fundamental no mundo pós-contemporâneo”. Durante sua palestra, no Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, dessa terça-feira (21), ele contou que idealiza e acredita ser um futuro próximo, um mundo com pessoas conectadas, morando e trabalhando não em escritórios convencionais mas em pequenas vilas auto sustentáveis (sem moeda, com um mercado de escambo), um mundo sem bancos onde prevalecerá a maneira simples de viver. “O socialismo virá por meio das relações nas redes sociais e não por um líder”. Paz revelou que já está em contato com dez pensadores que vão desenhar a carta de Inhotim, já para o ano que vem. É que ele vai construir uma vila assim na área que abriga o museu. Sempre galã (já está em seu sexto casamento), ele diz que não gosta de ser bonito e sim solidário. E foi este desejo que o mobilizou a construir Inhotim, mundialmente famoso. “Quarenta mil crianças pobres passam por lá, temos ainda uma Orquestra Sinfônica para elas. Duzentos e cinquenta jovens que tiveram no museu seu primeiro emprego foram para universidade”, disse Paz. Ele ressalta que educação por si só não evita violência e sim treinamento. De maneira espontânea alfinetou os mineiros: “o maior público de Inhotim não são os mineiros e sim os paulistas”, lamenta Paz. O artista foi muito aplaudido quando disse que há certos exageros na operação LavoJato: “É preciso punir sim, mas de forma que não prejudique o país”, enfatizou.
Por um mundo simples, mas conectado
