O economista Paulo Rabello de Castro (foto), presidente do BNDES, esteve em Belo Horizonte. Ontem, para o lançamento do livro em homenagem ao centenário do economista e pensador Roberto Campos, “Lanterna de Proa – Roberto Campos – 100 anos”. O livro foi organizado por ele, junto com Ives Gandra Silva Martins e mais 62 coautores. A ideia foi mostrar a multiplicidade da contribuição “desse grande brasileiro, na expectativa de que outros possam se animar não a repetir Roberto Campos, o que é muito improvável, mas que captassem algumas das facetas do grande brasileiro que ele foi, uma delas, talvez a mais importante, a obsessão de Roberto Campos pelo desenvolvimento do país”. Diferente do amargoso economista liberal, repetidor de frases feitas sobre a prevalência do mercado, “Roberto Campos, foi fundador de um banco público, que até hoje honra o Brasil, que é o BNDES, que nasceu BNDE, e de iniciativas como IPEA, que é um centro de pensamento fundamental para o país. Vou ficar com esses dois exemplos para mostrar o ímpeto com ele defendia investimentos na pequena indústria”.
Consistente
O presidente da Revista Mercado Comum, Carlos Alberto Teixeira Oliveira, único mineiro a ter um artigo publicado no livro, reconhece Roberto Campos como uma das maiores personalidades, não só na questão do conteúdo econômico, mas como político grande brasileiro. “Ele era uma pessoa com uma visão bastante lúcida, que ponderava a questão do desenvolvimento, participou da equipe de JK, foi embaixador do Brasil nos Estados Unidos e defendeu suas ideias de forma muito veemente, plausível e consistente”. Após o lançamento do livro, Carlos Alberto tomou posse para um novo mandato na presidência da ASSEMG, junto com a nova diretoria.