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Blog do PCO

Uma história de amor que mudou um país

O dia 12 de junho no Brasil é o Dia dos Namorados. Nos Estados Unidos, a data é celebrada como o “Loving Day”. Neste ano, foi celebrada pela 50ª vez. Ela se refere a uma decisão histórica, considerada um “marco dos direitos civis” no país: em 12 de junho de 1967, a Suprema Corte revogou uma lei do estado de Virgínia que proibia o casamento inter-racial. Outros 16 estados tiveram de acatar a decisão. O caso “Loving versus Virginia”, como a denominação “Loving Day” para a data comemorativa, não se referem a amor. Era o sobrenome do casal formado pelo homem branco Richard Loving (foto) e pela mulher negra Mildred Loving (foto). A história do processo e do amor proibido foi contada no filme Loving, de 2016, escrito e dirigido por Jeff Nichols e protagonizado por Joel Edgerton e Ruth Negga. O filme já ganhou cinco prêmios, obteve um segundo lugar e recebeu indicações para outras 17 premiações, incluindo Oscar, Festival de Cannes e Globo de Ouro.

 

Suprema Corte votou contra a opinião pública

A decisão “histórica”, de 1967, colocou um fim na proibição do casamento entre pessoas de cores diferentes. E, curiosamente, foi um dos fundamentos para a decisão de 2015, que legalizou o casamento gay. O princípio da igualdade garantiu tanto o casamento de pessoas de raças diferentes como o de pessoas do mesmo sexo. A decisão é chamada de “histórica” e de “marco dos direitos civis” porque foi considerada absurda, de tão inesperada, à época. Afinal, 72% dos americanos se opunham abertamente ao casamento de uma pessoa branca com uma pessoa negra – ou de uma pessoa da raça branca com uma pessoa de qualquer outra raça. Por isso, a impressão que ficou foi a de que a Suprema Corte estava muito à frente de seu tempo ao tomá-la.

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