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Blog do PCO

Uma semana agitada e promissora

O Fed não quer mesmo exagerar, talvez para amenizar o efeito Trump. A sua decisão da última quarta-feira acabou por ser um pouco de um não-evento, com uma declaração quase inalterada. Ao não aumentar a taxa de juros americana, também confirmou que a alta que o mercado previa para março não mais parece ser um risco sério. Por outro lado, a dinâmica de crescimento da China, outro obstáculo potencial para o Brasil, devido às suas implicações para os preços das commodities, parece estar se mantendo. A maior incerteza persiste em relação ao protecionismo comercial, que está no topo da lista de preocupações de muitos observadores globais, em virtude do histrionismo do presidente americano Donald Trump. No Brasil a ação centrou-se na frente política com a Suprema Corte e o Congresso voltando de suas férias de verão. Após a morte trágica do juiz responsável pela sonda de corrupção em curso, um novo juiz foi selecionado e as coisas parecem estar de volta aos trilhos. No Congresso, tanto o Senado como a Câmara dos Deputados elegeram novos presidentes. E ambos são aliados da atual administração. Esses são sinais positivos e vitais para as reformas da previdência e das relações trabalhistas. Fora da política, os principais indicadores que influenciam a inflação continuam a surpreender.  O movimento de queda liderado pelos preços dos alimentos que continuam a se comportar bem, para esta época do ano, alia-se ao preço do setor de serviços que, também, estão caindo rapidamente. Isso abre espaço para o Bacen continuar a cortar taxas, agressivamente, este ano. O compromisso do governo com a normalização macro parece intacto. Por último, a morte de Marisa Letícia parece que teve o condão de reaproximar desafetos recentes, abrindo margens para especulação quanto à progressão da Operação Lava Jato.

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