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A delação premiada apontou culpados

Paulo César de Oliveira
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​Em acordo de delação premiada, o executivo Julio Camargo havia dito em depoimento à Justiça Federal que o lobista Fernando Soares (foto), apontado como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, exigiu, em 2005, propina de 40 milhões de dólares para conseguir que a empresa sul-coreana Samsung celebrasse com a Petrobras contratos para a fabricação de duas sondas de perfuração em águas profundas. A quitação completa da propina precisou de intermediação do doleiro Alberto Youssef, que providenciou contratos simulados com empresas de fachada para viabilizar parte dos recursos. O pagamento de propina incluía ainda o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente Pedro Barusco. Na transação, a Piemonte Investimentos, ligada a Julio Camargo, atuou em favor da Samsung na obtenção de contratos para as sondas a mediação de Fernando Baiano por conta do “sabido bom relacionamento” dele na Área Internacional da Petrobras, comandada na época pelo diretor Nestor Cerveró. “As vantagens indevidas, no valor total de 40 milhões de dólares, foram estabelecidas após negociações entre os denunciados, de modo que ao mesmo tempo em que tais vantagens indevidas foram oferecidas e prometidas e pagas por Julio Camargo, por meio de Fernando Baiano, foram solicitadas e recebidas por Nestor Cerveró”, diz a procuradoria.

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