A saída de quase R$ 8 bilhões de capital estrangeiro impactou a Bolsa de Valores (B3) em janeiro – o que continua a acontecer em fevereiro, com mais R$ 6,89 bilhões sacados até dia 15. O movimento reverteu um fluxo de entrada que se estendeu por praticamente todo o quarto trimestre de 2023. Nesse ano, o déficit já é de R$ 14,79 bilhões. Para Alexandre Reitz (foto/reprodução internet), chefe de renda variável do Julius Baer Brasil, parte do dinheiro possivelmente foi para outras Bolsas. “Parece que o fluxo está se deslocando de países como Brasil e Índia para Japão e Coreia, onde um fluxo significativo registrado desde o segundo semestre de 2023 acelerou em janeiro”. Mas o principal destino dos bilhões saídos da B3 foram os títulos do tesouro americano. Janeiro e a primeira metade de fevereiro foram marcados por uma revisão de quando o ciclo de queda de juros dos Estados Unidos iniciará – por conta de sinalização do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) e dados macroeconômicos mais fortes do que o esperado. Isso provocou elevação das taxas dos Treasuries.
Capital voador
