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Delator reincidente

Paulo César de Oliveira
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Essa não é a primeira vez que Youssef celebra um acordo de delação premiada. Em 2004, o doleiro foi um dos colaboradores das investigações do esquema do Banestado. O acordo, porém, foi suspenso porque ele descumpriu regras firmadas com o Ministério Público e voltou a praticar crimes. Apontado como pivô do esquema, o doleiro foi preso em março, quando deflagrada a Operação Lava Jato. Bem relacionado com políticos, Youssef tinha estreito contato com parlamentares, entre eles os deputados André Vargas (sem partido-PR), cassado na semana passada, e Luiz Argôlo (SD-BA). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto), vai esperar a volta do recesso do Judiciário, em fevereiro, para encaminhar ao Supremo os pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações de Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. Ele já havia informado que, com a análise das delações, já tinha elementos suficientes para pedir ao STF o “desmembramento” dos casos. Permanecerão no Supremo os inquéritos contra parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e casos em que a atuação no esquema estiver diretamente ligada aos políticos.

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