A presidente Dilma Rousseff se reuniu por mais de três, na tarde de ontem, em Brasília, com sua amiga Graça Foster (foto), para tratar de seu afastamento da presidência da megaestatal Petrobras. A empresa é alvo de inúmeras denúncias de corrupção desde que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi deflagrada, em março do ano passado. A PF teria descoberto, até agora, um forte esquema de lavagem de dinheiro e de desvio de recursos públicos. O nome do substituto de Graça Foster à frente da Petrobras está sendo estudado pelo governo. Dilma Rousseff tentou manter Foster na presidência da empresa a todo custo, mas a situação chegou a um ponto de total insustentabilidade. Há rumores, inclusive, de que a presidente da República estaria tentando preservar a saúde de Graça Foster, sensibilizada pela pressão que ela vem sofrendo num momento de tantas denúncias. No mercado o nome do presidente da Vale, Murilo Ferreira, é falado para presidir a Petrobras. Além de Graça Fortes, todo o restante da diretoria deverá deixar o cargo. Ao deixar o Palácio do Planalto, após a reunião, a presidente Fortes não fez qualquer declaração. Informações de fontes do governo e da empresa indicam que a presidente e sua diretoria ficam no comando da Petrobras até o final deste mês com a missão de encontrar um número mais confiável sobre o prejuízo causado pela corrupção.
