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É poupar, não gastar, que faz o país crescer

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ressaltou ontem, durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Educação Financeira, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, a importância do ensino de educação financeira nas escolas brasileiras, e disse que a escolha de guardar para construir algo mais duradouro e que dê frutos por longo período é o que permite os países crescerem. “Não vou aqui exagerar nos paralelos que muitos de vocês devem estar fazendo em relação ao cenário nacional. No entendimento de decisões entre presente e futuro e a priorização dos recursos para a educação das novas gerações, os paralelos são evidentes e as consequências também. Saber escolher bem e medir o resultado do gasto público vai ser cada vez mais importante, principalmente quando a gente tem que equilibrar as demandas dos mais idosos com as demandas das novas gerações, que vão criar a riqueza do Brasil para todos nós”, disse. Levy afirmou que os ajustes feitos pelo governo fazem parte desse pensamento, que busca equilibrar os benefícios no presente também com a garantia de um futuro estável. “Nesse contexto se inserem muitos dos ajustes que o governo está fazendo para garantir essa trajetória e o desenvolvimento de novos instrumentos financeiros, que facilitem o investimento, porque a grande verdade é que o resultado da educação financeira, a poupança, é o recurso que vai possibilitar o investimento”, disse, explicando que o investimento baseado no crédito tem um limite que rapidamente fica descoberto.

Começar a poupar bem cedo

O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que também discursou na abertura do evento, ressaltou que é preciso fazer a discussão sobre educação financeira, considerada estratégica para o país, e que o Poder Público tem papel fundamental nesse sentido. “É preciso que o Poder Público empreste sua estrutura, sua expertise no assunto e a capacidade de interferência na sociedade para que a gente possa fazer isso. Todas as áreas do Poder Público, mas, principalmente, o Ministério da Educação. Precisamos colocar essa discussão nas escolas, se não vamos perder tempo”, ressaltou. Gabas disse que experiências recentes já mostraram que famílias em que as crianças tiveram interação com educação financeira, nas escolas, aumentaram suas poupanças. “Precisamos mobilizar a sociedade para que tenhamos, de fato, uma política de formação e informação, e que as pessoas possam compreender a necessidade, para a economia de um país, que se tenha poupança. As pessoas têm que se programar mais. A sociedade de consumo gera emprego e renda, mas poupar também é bom, pensar no futuro também é bom, e a gente faz muito pouco isso”, acrescentou. A 2ª Semana Nacional de Educação Financeira ocorre de 9 a 15 de março, promovida pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), formado por entidades do sistema financeiro, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Acontece simultaneamente à Global Money Week, evento mundial de educação financeira.

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