O Brasil volta às urnas hoje. Perto de 140 milhões de brasileiros estão aptos a votar na disputa de um segundo turno presidencial e para a definição de treze governadores, inclusive no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, mais o Distrito Federal. A disputa para a presidência, em especial chega a seu final com uma carga de violência entre candidatos como nunca se viu no país. Saiu das televisões e rádios, passou pelas redes sociais e chegou às ruas com sentimento bem próprio do ódio entre petistas e “tucanos”. Não foi muito diferente no primeiro turno, a partir da morte de Eduardo Campos e o surgimento da candidatura de Marina Silva que se tornou alvo preferencial do PT, com mais violência, e também de Aécio Neves, ambos buscando desconstruir a imagem da socialista. O “tucano” em busca de uma vaga no segundo turno, e a petista por considerar que a disputa final com Aécio seria mais fácil. O desenrolar da campanha mostrou que o PT errou nos cálculos. Apesar de surgirem com resultados bem diferentes umas das outras, as pesquisas indicam que ainda não há candidato que possa se considerar vitorioso. Há, segundo os analistas de pesquisas, inclusive das campanhas, um empate técnico entre os dois candidatos e, a partir daí, tudo pode acontecer.De concreto mesmo, e infelizmente para a democracia brasileira, é que o vencedor terá muitas dificuldades políticas pela frente. A governabilidade, claro, será obtida. É sempre até por ter um preço. Preço que explica, em parte os escândalos mais recentes do governo. Mas a convivência política no país ficou mais difícil. Há menos tolerância política e mais violência física, explícita, como os atos de vandalismo contra o prédio da Editora Abril, que edita a revista Veja. Neste caminho, alimentado por quem quer se agarrar ao poder não traz bons sinais.É só dar uma olhada para vizinhos na América Latina. A partir das oito horas, urnas abertas. Pense. Não deixe de votar.
