Quase sempre se sabe como começam, dificilmente se consegue prever como terminarão. São assim os movimento reivindicatórios e de protestos que vão para as ruas. Na sexta-feira foi a vez dos apoiadores da presidente Dilma que, estrategicamente, se postam como defensores da Petrobras, sem, no entanto explicarem quais os riscos que a estatal corre. As Centrais Sindicais marcaram presença, muito para defender a presidente e pouco para protestar contra mudanças na legislação de benefícios trabalhistas. Em praticamente todas as cidades o movimento de sexta-feira foi turbinado com militantes do MST e, em São Paulo, onde sempre tudo é maior, também com os professores em greve. Mas tudo aconteceu em paz, sem violências. Hoje, que se sabe em pelo menos 210 cidades brasileiras e seis do exterior, é dia de protesto contra o governo Dilma e a corrupção na Petrobras. Em algumas cidades haverá manifestações em dois horários: pela manhã e à tarde. Ontem à tarde, surgiu nas ruas sociais um “manual de comportamento” nas manifestações, supostamente elaborado por comerciantes, com destaque para o pessoal da Savassi, que fica bem próxima à Praça da Liberdade onde, a partir de 9h30, começa a manifestação anti Dilma e PT. O manual ensina entre outras coisas, evitar a violência. Há quem fale em manifestação monstro, com quase cem mil pessoas, a considerar o número dos que garantem presença. São os otimistas eufóricos. Há também os otimistas realistas que falam em algumas poucas dezenas de milhares. E há, claro, os pessimistas que falam em fracasso, com poucas presenças. Impossível prever o número de participantes. O que se espera é que manifestem com vigor, mas sem provocação. E que não aceitem provocações. Democracia é isto.
