*Em meio à crise por que passa o PP, o Palácio do Planalto quer tirar Gilberto Occhi (foto) do Ministério da Integração Nacional e colocar um peemedebista no lugar. A substituição, que será a segunda troca ministerial de Dilma neste começo do governo, deve terminar de ser costurada na semana que vem. E tem dois objetivos. Primeiro, apaziguar a relação com o PMDB, em especial com Eduardo Cunha, seguindo a orientação que Lula deu a Dilma antes do carnaval. Ainda não está certo se o nome que vai para o lugar de Occhi será indicado por Cunha ou pelo PMDB do Senado. Caso prospere a segunda opção, Cunha indicaria um nome para o Turismo. O segundo objetivo é mandar um recado claro ao rebelde PP e para toda a base: quem tem cargo deve votar com o governo. Senão, está fora. Informações são Lauro Jardim, na Veja.
*Entidades da sociedade civil criaram, em São Paulo, a Comissão da Verdade da Democracia Mães de Maio. A nova comissão, que tem o apoio da Comissão de Anistia e da Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça (MJ), pretende examinar e esclarecer graves violações de direitos humanos praticadas pelo Estado no período de democracia, após 1985. A instalação ocorreu em sessão da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). “Hoje é um marco fundamental desses grupos. A verificação se dará no período pós-ditadura das chacinas e execuções extrajudiciais que ocorreram no Brasil. Será difícil, é uma discussão que o Estado brasileiro não aceita fazer”, destacou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp, deputado Adriano Diogo (PT).
*Em julgamento de recurso especial, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou a imputação de crime de gestão fraudulenta feita pelo Ministério Público contra dois dirigentes de uma corretora de valores acusados de manipular o preço de ações e realizar práticas não equitativas contra fundos de pensão. O caso aconteceu no Rio Grande do Sul, entre janeiro de 1993 e dezembro de 1994. De acordo com a denúncia, os dois diretores utilizavam as carteiras de clientes da corretora para realizar operações simuladas de compra e venda de ações com a finalidade de elevar a cotação e revendê-las em curto prazo com lucro, em prejuízo de fundos de pensão. O julgamento foi mais de vinte após a prática dos atos suspeitos.