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O Brasil com novo comando, velhos problemas e promessas a cumprir

O Brasil muda de comando hoje. Mesmo nos casos de reeleição, como a da presidente Dilma, há sim uma mudança de comando, de orientação. No caso da presidente então, nem se fala. Dilma vai para seu segundo mandato com um foco inteiramente novo. Agora, antes de mais nada, o objetivo é consertar o que foi estragado no primeiro mandato. Por erros internos e por influências da economia internacional. Enquanto não se colocar o carro sobre os trilhos não há como se fazer nada do que, em palanque, foi anunciado. E esta será uma de suas dificuldades. Pedro Aleixo, um dos mais sérios e honrados políticos da história de Minas, mesmo defensor das eleições diretas, afirmava que um dos problemas do sistema é que, para vencê-la, o candidato necessita fazer muita demagogia, de prometer aquilo que, sabe, não cumprirá. E a nova velha presidente sabe, muito bem, que causará frustração em muitos setores da sociedade. Aliás, antes mesmo de assumir o segundo mandato, já fez “a vaca tossir”. Em campanha, garantiu que não cortaria direitos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”. Pois cortou e, pelo jeito, a vaca terá acessos de tosse por no mínimo dois anos, até que as coisas comecem a melhorar na economia.

 Pimentel, que pela primeira vez, coloca o PT no comando de Minas, também terá muito trabalho para conter a ansiedade dos que apostaram nele, e dele receberam promessas, para atendimento de suas reivindicações. A situação financeira de Minas não é diferente da enfrentada pelo Governo Federal. Sobram problemas e falta dinheiro.  Sabendo disto, e para controlar ansiedades políticas, assim como a presidente, o governador formou uma equipe heterogênea, pulverizando os cargos de modo a promover acomodações políticas. Assim como a presidente. Pimentel formou um núcleo duro de governo, de gente de sua mais alta confiança e vai governar com ele. Os outros, aqueles que o povo olha e não reconhece, terão a importante missão de compor o grupo. Em troca ganham o direito de se apresentarem como secretários de Estado ou, no caso de Dilma, como ministros. Em algumas situações é até muito.

 Problemas de governabilidade por terem maiorias apertadas no Congresso e na Assembleia, são improváveis. Pode acontecer um susto aqui, outro ali, mas no final tudo se compõe. A cobra sabe perfeitamente como atrair o sapo.

 No mais, a hora é de torcer para que Dilma, os vinte e sete governadores que assumem e suas equipes, consigam tocar o barco sem maiores solavancos. Incluindo aí novos escândalos de corrupção. Boa sorte a todos nós.

 

 

Jornalista Flávio Penna

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