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O ministro da Justiça vê apenas indícios

Paulo César de Oliveira
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu ontem que há “fortes indícios” de corrupção na Petrobras, o que “acaba atingindo a empresa”. A tarefa, portanto, é “apurar, punir e afastar da empresa” quem está envolvido nos escândalos de corrupção, para fazer a estatal “seguir seu rumo”. Após conferência do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugerindo eventual substituição de dirigentes e apontando “gestão desastrosa” na Petrobras, Cardozo disse que a atual direção da empresa tem “colaborado imensamente para que tudo seja desvendado”. “A Petrobras tem feito as mudanças que se colocam como necessárias para sua melhoria de governança e também para o combate à corrupção. A conduta que a empresa toma hoje é a conduta saudável que deve ser tomada por uma empresa que se vê diante de problemas de corrupção”, afirmou o ministro. Ele classificou a fala de Janot, que defendeu punição de corruptos e corruptores, como uma “posição institucional saudável”. “Todos os brasileiros querem o combate à corrupção e assim será feito”, completou Cardozo, sem mais avaliações sobre as afirmações do PGR. Ele evitou classificar o cenário como “desastroso” ou concordar com Janot no sentido de que o País está “envergonhado” dos escândalos envolvendo a estatal. “Onde houver a corrupção, temos que ter vergonha dela. É claro que o combate à corrupção tem que ser sem tréguas, doa a quem doer, e essa determinação do governo é firme e irretocável”, afirmou Cardozo (foto). Para o ministro, a Petrobras é “orgulho dos brasileiros” e o governo quer que tudo seja “colocado em pratos limpos”.

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