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Reforma da Previdência não é a solução de nossos problemas

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida (foto), disse ontem que a reforma da Previdência não vai resolver todos os problemas do Brasil, mas é um primeiro passo para a resolução de várias outras questões “muito difíceis”. Ao dizer que o Brasil está “totalmente fora da curva” de outros países, Mansueto afirmou que dois terços dos funcionários públicos nos estados estão em regimes especiais, se aposentando com 49, 50 anos de idade. “É muito novo, é absolutamente muito novo para o século 21”, disse ele, apontando que, na outra ponta, pessoas pobres que não conseguem contribuir formalmente pelo tempo mínimo requerido já se aposentam por idade hoje, sendo que a régua é de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Mansueto defendeu que se faça um debate de forma profunda e séria sobre a reforma da Previdência..“A gente precisa nesse país de muito mais debate, de muito mais transparência, num debate aberto. Quer uma proposta diferente para Previdência? Vamos debater. Quer preservar o orçamento de ministério X e não de Y? Vamos debater. Agora isso precisa estar muito mais claro”, afirmou ele.

 

Carga tributária alta

Mansueto enfatizou que o país precisa rever sua estrutura de gastos públicos, com controle nas despesas obrigatórias, em função de seu quadro fiscal já deteriorado. O secretário do Tesouro lembrou que o Brasil já possui uma carga tributária muito alta, de 33 a 34% do Produto Interno Bruto (PIB), 10 pontos acima da média da América Latina. A dívida bruta, por sua vez, se aproxima de 80% do PIB, contra média de 50%de países emergentes. Sobre o investimento público – que deve cair neste ano para perto de R$ 35 bilhões , ou 0,5% do PIB—, Mansueto avaliou que este “é o pior tipo de controle de gasto público”, uma vez que afeta o crescimento da economia.Mas ele ressalvou que, diante de um orçamento fortemente engessado por gastos obrigatórios, sobra ao governo pouca margem de manobra para escolhas diferentes.

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