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Blog do PCO

Revista publica denúncia contra novo ministro

O novo ministro do Esporte, George Hilton (foto), chegou ao posto por indicação de seu partido, o PRB. Como líder da legenda na Câmara, ele era o nome mais importante da bancada. Mesmo após deixar o Congresso, entretanto, Hilton ainda tem o que explicar sobre seu mandato. No mínimo, pelas suspeitas de que ele é um péssimo gestor de recursos públicos. O deputado gastou 84.996 reais da verba indenizatória para supostamente alugar computadores que custam em lojas, juntos, menos de 15.000 reais. A empresa beneficiada é a Ideas Movies and Solutions, especializada na produção de vídeos, que prestou serviços para a campanha de Hilton à prefeitura de Contagem (MG) em 2012. Na ocasião, a companhia recebeu 201.000 reais pelo serviço. Apesar disso, a sede declarada à Receita Federal pela Ideas é uma sala pequena em um prédio castigado na periferia de Belo Horizonte. O dono da Ideas é Alan Kardec Teixeira, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus – que, por sua vez, controla o PRB. Os pagamentos do gabinete à empresa aparecem na rubrica “Manutenção de Escritório de Apoio à Atividade Parlamentar” e foram feitos de junho de 2013 até dezembro do ano passado. Pelas regras da Câmara, esses recursos devem ser usados para cobrir despesas como a compra de material de escritório, o pagamento de aluguel e de contas de água e luz. O aluguel de computadores não é proibido, embora seja incomum. A contratação de empresas de comunicação a Ideas normalmente é apresentada como “Divulgação da Atividade Parlamentar”, mas George Hilton não o fez. O material que o gabinete de Hilton teria alugado com a cota parlamentar não costuma ser usado em trabalhos comuns de escritório, como presume-se que o gabinete realizasse. São computadores iMac, de 21,5 e 27 polegadas. Aparelhos do tipo costumam ser destinadas à edição profissional de vídeos – tarefa que a equipe do deputado não realiza. No telefone informado na página da empresa, ninguém atendeu aos telefonemas e Alan Kardec Teixeira não respondeu às tentativas de contato do site de VEJA. O gabinete do ministro confirmou ao site da VEJA que os pagamentos são referentes apenas ao aluguel de dois computadores e de seus respectivos softwares. Disse que o deputado pagou por eles porque a verba de gabinete não pode ser usada para adquirir equipamentos do tipo. Mas não explicou porque o valor pago é tão elevado. Talvez por achar que o episódio é irrelevante para um homem que já foi pego com 600.000 reais em malas de dinheiro. 

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