Pelo quinto mês consecutivo, a caderneta de poupança mostrou captação líquida de recursos, mas as somas continuam modestas. Em setembro, as entradas superaram os saques em R$ 1,369 bilhão. Os dados foram apresentados pelo Banco Central (BC). Tal resultado é o menor para meses de setembro desde 2005, quando houve saída líquida. Em igual mês do ano passado, a captação tinha sido de R$ 6,695 bilhões. Em agosto, a poupança tinha levantado R$ 518 milhões. No acumulado do ano, a captação soma R$ 15,531 bilhões. Em igual período do ano passado, o montante captado estava em R$ 48,947 bilhões. Em todo o ano de 2013, a captação líquida foi recorde, somando R$ 71,047 bilhões. A queda é associada ao menor crescimento do rendimento dos trabalhadores e à inflação maior, que consome a renda da população. Considerando o rendimento de R$ 3,568 bilhões registrado em setembro o patrimônio total da poupança subiu a R$ 643,412 bilhões no mês passado. Os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário mostraram captação líquida de R$ 1,694 bilhão no mês passado (SBPE), enquanto as instituições que destinam os recursos para o crédito rural registram saída líquida de R$ 324,483 milhões (SBPR). Desde o fim de agosto do ano passado, a poupança voltou a ser remunerada pela “fórmula antiga” de 0,5% ao mês mais TR. Pela regra atual, se a Selic voltar a ficar abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento será equivalente a 70% da taxa básica de juros.