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A recessão derruba o comércio varejista

As vendas do comércio varejista do país fecharam janeiro deste ano com retração de 1,5% sobre dezembro, na série livre de influências sazonais. Quando comparada a janeiro de 2015, série sem ajuste sazonal, a queda chega a 10,3% no décimo resultado negativo consecutivo. No acumulado dos últimos doze meses, a queda é de 5,2% – a perda mais intensa de toda a série histórica, iniciada em 2001, mantendo uma trajetória de redução iniciada em julho de 2014, quando chegou a 4,3%.Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam que a receita nominal do setor fechou janeiro estável na série livre de influências sazonais (0,1% de variação) e crescimento de 1% em relação a janeiro do ano passado. No acumulado dos últimos doze meses, a receita nominal acusou diminuição de 2,8%.

 

Até supermercados apresentaram queda nas vendas

A queda de 1,5% nas vendas do comércio varejista em janeiro de 2016, em relação a dezembro de 2015, reflete variações negativas em seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. Setorialmente, os principais destaques negativos vieram do recuo de 4,3% no setor de móveis e eletrodomésticos, segunda taxa negativa consecutiva nessa comparação, período que acumulou perda de 12,3%; depois, aparecem hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%), atividades de maior peso na estrutura do varejo e com recuo pelo terceiro mês. A atividade de combustíveis e lubrificantes fechou com redução de vendas (3,1%); o item outros artigos de uso pessoal e doméstico caiu 1,8%; tecidos, vestuário e calçados (-0,5%); e livros, jornais, revistas e papelarias (-0,1%). Já artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos tiveram variação de 0,1%, mantendo-se praticamente estáveis em relação a dezembro de 2015. Considerando o varejo ampliado, a redução de 1,6% aumentou em janeiro o ritmo de queda frente a dezembro (-1%). O resultado de janeiro sofreu influência, principalmente, das vendas em material de construção (-6,6%), após crescimento de 3,2% no mês anterior; seguido por veículos e motos, partes e peças (-0,4%).

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