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Hoje é dia de comprar e pagar só que está levando. Impostos ficam fora do embrulho

Hoje os consumidores de Belo Horizonte terão a oportunidade de participar da 11ª edição do Dia da Liberdade de Impostos (DLI) e adquirir diversos produtos e serviços com o desconto no valor dos tributos. A ação, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e pela CDL Jovem, é uma forma de conscientizar a população sobre a alta carga tributária do Brasil. São cerca de 700 lojas participantes, que irão comercializar desde alimentos como pão, chocolate, sanduíche, sorvete, macarrão e comida japonesa a itens de papelaria, ótica, vestuário, pet shop, medicamentos genéricos, brinquedos, aluguel de carros, gasolina e muitos outros, tudo com o desconto relativo aos impostos incidentes. A lista, que já reúne mais de 270 mil produtos cadastrados, pode ser acessada no site http://dli.cdlbh.com.br.O Dia da Liberdade de Impostos marca simbolicamente a data em que os brasileiros passam a trabalhar para sustento próprio, já que antes disso, todo o valor recebido é destinado ao pagamento de tributos exigidos pelos governos federal, estadual e municipal. Ao todo, são 153 dias trabalhando só para essa finalidade, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Segundo o IBPT, a cada ano esse índice vem aumentando. Na década de 1990 eram 102 dias (três meses e 12 dias), na década anterior, 77 dias (dois meses e 17 dias). O DLI também será realizado, simultaneamente, em vários estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.

 

Muito imposto, pouco desenvolvimento humano

Atualmente, 41,8% da renda bruta de cada brasileiro são destinados ao pagamento de impostos. Entretanto, estamos na posição 79ª no ranking do IDH, classificação que vai de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total) e quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país. No vizinho Chile, a carga tributária incide sobre 25,68% da renda da população e o país está na 38ª posição. Na Noruega, o percentual de impostos é superior ao do Brasil (42,9%), mas o país é o primeiro no ranking do IDH, com qualidade de vida superior a qualquer outra nação. Bruno Falci (foto), presidente da CDL/BH, salienta que, além de pagarem os impostos, os brasileiros ainda arcam com custos que deveriam ser do governo, como planos de saúde, segurança, educação, entre outros. “Queremos que os impostos pagos sejam revertidos para a população”, ressalta.

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