A Nutribom Empreendimentos Imobiliários Ltda apresentou maior proposta no processo de licitação da Codemge para administrar o Minascentro- três vezes mais que o valor estipulado pelo órgão- mas pode não sair vencedora do certame. É que quatro dos demais licitantes manifestaram intenção de recorrer da decisão, tendo apontado possíveis ilicitudes que podem levar à invalidação da licitação, algumas delas, se comprovadas, de maior gravidade. Entre questões apontadas estão possíveis ilegalidades no Edital e irregularidades no balanço patrimonial da Nutribim, além de possível manipulação do preço ofertado pela empresa, já que ela administra o Expominas e a Mineiraria da Filarmônica. A operação dos três maiores equipamentos públicos de eventos de Belo Horizonte por um único gestor privado, poderia potencializar os lucros da empresa, em detrimento do mercado de eventos e dos interesses da sociedade, caracterizando um monopólio.
Coincidências
Por pura coincidência, também, a terceira empresa colocada na licitação é do irmão do dono da Nutribom. Na hipótese de ele manter o Minascentro fechado, daria ao Expominas um poder de faturamento e preço por metro quadrado tão alto que pagaria o aluguel do Minascentro e do Expominas juntos. Além disso, o mesmo proprietário da Nutribom vendeu um terreno no condomínio Miguelão e o comprador só descobriu que a área era de nascente de água depois de efetivado o negócio. Após desfeita a compra, o antigo proprietário devastou a área comprometendo a nascente e descumprindo a legislação ambiental.