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Os Batistas podem vender a Alpargatas esta semana

A Cambuhy e o Itaúsa podem pagar entre 3,3 bilhões e 3,5 bilhões de reais por uma participação majoritária na Alpargatas SA, admitiram ontem fontes ligadas às empresas à agência Reuters. Segundo matéria divulgada ontem pela agência, os lucros com a venda da Alpargatas, cujas ações têm forte alta neste ano, podem ajudar a reduzir a grande dívida de seus atuais proprietários, que também estão envolvidos em escândalo de corrupção. A Cambuhy Investimentos Ltda e a Itaúsa Investimentos SA estão trabalhando para fechar os termos de um acordo já nesta semana, quando acaba o período de exclusividade com a acionista controladora da Alpargatas, a J&F Investimentos SA, disse uma das fontes. A Itaúsa gere a fortuna das famílias brasileiras Villela e Setúbal, que controlam o Itaú Unibanco Holding SA, maior banco da América Latina em ativos. A Cambuhy é a empresa da família do bilionário Moreira Salles, também importante acionista do Itaú.

 

Dinheiro para pagar multas

A J&F, que detém 86 por cento da Alpargatas e administra a fortuna da família Batista, tem que levantar dinheiro para pagar uma multa de leniência de 10,3 bilhões de reais e empréstimos que estão para vencer. Os proprietários da J&F, Joesley e Wesley Batista (foto), assinaram um acordo de leniência em maio após admitirem ter subornado quase 1.900 políticos. As ações da Alpargatas acumulam alta de 63% este ano. A empresa é o primeiro dos ativos da J&F a ser colocado à venda na esteira do envolvimento da família Batista no maior escândalo de corrupção do Brasil. A Reuters noticiou a oferta liderada pela Cambuhy em 16 de junho, o que as empresas confirmaram uma semana depois. A J&, a Cambuhy e a Itaúsa se recusaram a comentar. As fontes pediram para não ser identificadas porque as negociações continuam privadas.

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