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Blog do PCO

Petrobras demite 1,2 mil terceirizados

A Petrobras começou a cortar os serviços terceirizados e demitiu 1,2 mil trabalhadores na quinta-feira (3), em Macaé, no Rio de Janeiro. Os trabalhadores prestavam serviços em áreas administrativas, em apoio às operações da Bacia de Campos. Entre os demitidos estão contadores, administradores e engenheiros. A estatal terminou o contrato com a Spassu Tecnologia e Serviços, do Espírito Santo, e cortou vagas nas áreas de comunicação, consultoria e suporte de tecnologia da informação. Os contratos foram firmados entre 2010 e 2012 e somavam cerca de R$ 60 milhões. Mesmo com os cortes, a empresa terceirizada ainda possui mais de 20 contratos ativos com a Petrobrás, dois deles com término previsto até novembro e os demais com vencimento em 2017. Desde 2007, a companhia firmou 55 contratos com a estatal que somavam cerca de R$ 700 milhões. A Petrobras alega que os cortes não vão prejudicar as operações da empresa.

 

E corta R$ 45 milhões com viagens e cursos

A Petrobras pretende cortar até 2019, US$12 bilhões, R$ 45 milhões só com despesas com funcionários, como cursos e viagens. A decisão foi comunicada internamente para os cerca de 80,9 mil funcionários próprios e cerca de 200 mil terceirizados. Acabaram-se as festas de confraternizações de funcionários e os cursos de idioma “na modalidade autodesenvolvimento”. Os carros corporativos com motoristas, só serão disponibilizados para a presidência e a diretoria. E mesmo os veículos geralmente disponíveis aos funcionários apenas poderão ser usados para “necessidades operacionais”. As viagens estão limitadas ao “inadiável”. Quando for impossível evitar, a ordem é pagar pelo transporte de um único funcionário envolvido no projeto que motivou a viagem. Participações em treinamentos fora do Brasil também estão suspensas. A distribuição de brindes foi proibida, assim como gastos injustificados com táxis e horas extras desnecessárias. A qualificação profissional ficou restrita à Universidade Petrobras. Segundo informações da Agencia Estado, foi determinado que as licitações ou qualquer tipo de contratação de serviços de consultoria especializada em gestão, organização e processos devem ser submetidas à diretoria. Nada será aprovado sem o aval do primeiro escalão da Petrobras, liderado pelo presidente Aldemir Bendine. O valor do corte previsto com essas medidas se aproxima da receita estimada com o plano de venda de patrimônio até o ano que vem, de US$ 15,7 bilhões, que está emperrado por causa da crise mundial na indústria do petróleo. A Petrobras nega relação entre os cortes e a dificuldade na venda de ativos.

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