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A conversa que pode acabar com a imunidade dada aos irmãos Batistas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin (foto) deve decidir hoje sobre a retirada do sigilo da gravação da JBS que motivou a abertura do processo de revisão do acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados à JBS. O áudio já está no gabinete de Fachin. No início da noite de ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, explicou que um áudio entregue pelos advogados da JBS narra supostos crimes que teriam sido cometidos por pessoas ligadas à PGR e ao Supremo. Segundo a PGR, a gravação foi entregue, por descuido dos advogados, como uma nova etapa do acordo. “A Procuradoria-Geral da República identificou que o seu conteúdo sugere a prática de possível conduta criminosa por parte do ex-procurador da República Marcelo Miller, que teria atuado em favor dos colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud, antes de se exonerar da sua função de membro do Ministério Público Federal. Entretanto, esse fato não foi trazido por quaisquer dos colaboradores por ocasião da assinatura do acordo em 03/05/2017”, argumenta a procuradoria. Ao comunicar a abertura do processo de revisão das delações, Janot disse que mesmo se os benefícios dos delatores forem cancelados, as provas contra as pessoas citadas devem ser mantidas. No entanto, a decisão final cabe ao Supremo. Os advogados da JBS afirmaram ontem, em nota, que a interpretação da PGR sobre o material entregue é precipitada e tudo será esclarecido rapidamente. Segundo pessoas que tiveram acesso á gravação, há sinais nítidos de que os personagens que gravaram a própria conversa, estavam sob o efeito de álcool.

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