Parece que a cada dia fica mais claro: os ministros de Bolsonaro não podem ter visões diferentes de seu chefe. Isso ficou bastante explícito agora que ele disse com todas as letras que o sucessor do Ministro da Saúde Nelson Teich terá que “falar a sua língua”. O estilo Bolsonaro é imune ao bom senso e ele não consegue ficar sem agredir alguém, pelo menos uma vez por dia. De índole beligerante e pavio curto, sua inteligência não consegue dimensionar o tamanho do estrago que provoca. E isso ficou evidente quando o Bradesco BBI consultou 101 representantes das principais gestoras de recursos do Brasil sobre as perspectivas para os mercados e a economia do País. Este é o terceiro levantamento da instituição desde que a pandemia começou e a constatação foi a de que Paulo Guedes deixar o governo é o principal risco do País no momento. Certamente o empresariado está apreensivo quanto ao futuro, imaginando até quando Paulo Guedes (foto) aguentará o mau humor presidencial. Enquanto imagina descarrega o seu mau humor no funcionalismo.
