Antes de recusar o convite para assumir o Ministério da Saúde, a cardiologista Ludhmila Hajjar (foto) foi sabatinada pelo presidente Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo, o general Eduardo Pazuello, atual ocupante do cargo e outros militares que acompanham o presidente. Ela respondeu questões como aborto e armas, ouviu a opinião de Bolsonaro sobre o lockdown e ouviu o que foi considerado como uma mistura de franqueza e rispidez: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”. Pazuello também argumentou que tinha dados diferentes e que os governadores estavam mentindo sobre a taxa de lotação de UTIs e outras estatísticas. Ludhmila expressou descrença sobre isso. Nem precisava muito para entender a sua recusa em assumir o cargo. Após a recusa, ela recebeu ataques, tentativa de invasão no hotel que estava, ameaças de morte, foi agredida com áudios e vídeos falsos com perfis.
A sabatina de Ludhmila
