“A Lava Jato é um símbolo importantíssimo de combate à corrupção. Porém, coloca-se muitas responsabilidades nas costas do STF, que não são da Corte. Os inquéritos dependem muito mais da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República que do Supremo”. A afirmação de Alexandre de Moraes (foto), ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi feita durante encontro do Comitê de Gestão do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais no Almoço-Debate realizado no Hotel Grand Hyatt, ontem na capital paulista. Alexandre de Moraes acredita que se houver o eventual fim do foro privilegiado para autoridades, a transferência de processos judiciais para instâncias inferiores poderá decorrer em “desapontamentos”. Por isso, ele defende a melhora das condições de trabalho das instituições, tanto do Judiciário quanto do Ministério Público. Se não houver for dada estrutura à primeira instância, poderá ocorrer decepção geral.
Evento com mais de 500 CEOs
Sob o comando de Luiz Fernando Furlan, chairman of the Board do LIDE, o evento contou com a participação de 500 CEOs, presidentes e outras lideranças corporativas, além do vice-governador paulista, Márcio França; dos secretários de Justiça em âmbito estadual (São Paulo), Marcio Elias Rosa, e da capital paulista, Anderson Pomini; do secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho; do procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio; do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Paulo Dimas; e do prefeito João Doria, entre outras autoridades.