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Aras não irá recompor equipe da Lava Jato

O Procurador-Geral de Justiça, Augusto Aras (foto), avisou ontem que não pretende designar novos procuradores para substituir os que pediram demissão coletiva do grupo de trabalho da Lava Jato. Na sexta-feira, três integrantes anunciaram a saída. Uma procuradora já havia deixado suas funções semanas antes e com isso, todo o grupo foi desmontado. Segundo nota que a PGR divulgou, a saída dos procuradores já estava prevista e ocorreria amanhã, dia 30 de junho. Diante da restrição dos casos de foro especial, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, a PGR argumenta que não será necessário remontar o grupo de trabalho e os assessores e auxiliares remanescentes vão dar conta do trabalho “sem prejuízo às investigações”.

 

Resposta imediata

O procurador Deltan Dallagnol afirmou neste domingo, no Twitter, que os procuradores da Lava Jato “têm os mesmos direitos, deveres e proteções dos demais membros do MP para assegurar um trabalho independente”. A declaração do procurador ocorre depois de a Procuradoria-Geral da República divulgar uma nota afirmando que a força-tarefa “não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal” e que não pode se tornar “instrumento de aparelhamento”. O procurador da Lava Jato disse ainda lamentar “pelos fatos divulgados no fim da semana, que reportamos para a Corregedoria. O assunto agora deve ser analisado pelas instâncias competentes”. A disputa entre o comando da Procuradoria – Geral de Justiça e a Força Tarefa da Lava-Jato se acirrou depois que a subprocuradora, Lindôra Araújo, tentou ter acesso a dados sigilosos de investigações sem apresentar justificativas para ter as informações.

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