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Blog do PCO

As trapalhadas bolsonarianas

A crise política está instalada no governo do presidente Jair Bolsonaro, provocada por trapalhadas de seus filhos. A última pelo filho Carlos, que levou a exoneração, anunciada para hoje do ministro. Gustavo Bebianno, que ocupou a presidência nacional do PSL, partido que acolheu a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. Bebianno, ao que consta era de uma fidelidade canina ao presidente e foi um dos primeiros a alinhar-se à candidatura do então deputado, antes mesmo de sua oficialização. No meio de uma crise política, após denúncias de irregularidades no PSL por destinação de verbas partidárias por candidaturas laranjas, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, no afã de minimizar a crise, anunciou que teria conversado com Bolsonaro, internado em São Paulo, três vezes, por telefone sobre o assunto. Foi o suficiente para Carlos desmenti-lo, colocando nas redes sociais a gravação de uma rápida conversa entre o presidente e o ministro onde o assunto não foi tratado. Carlos, o “filho do homem”, ainda desmoralizou o ministro chamando-o de mentiroso. Pior, o ato deselegante e questionável de gravar e tornar pública uma conversa do presidente da República, foi avalizado por Bolsonaro. Percebendo a gravidade do fato, parte da classe política, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia e um grupo de militares com postos no governo, defenderem Bebianno, buscando colocar panos quentes na crise política. De nada adiantou. O presidente resolveu bancar o filho, provocando um transtorno em seu governo causado por uma traquinagem de alguém que já não idade para isto. Lembrando que Carlos, o caçula, é vereador na cidade do Rio de Janeiro. Além do pai, o irmão Eduardo, deputado federal por São Paulo, apoiou o caçula traquina. Isto causou um clima de insegurança entre os auxiliares do Capitão Bolsonaro (foto). Todos passaram a ter receio de serem defenestrados de seus cargos por um dos filhos, que estão mandando mais que qualquer integrante do governo. Exceto o ministro Paulo Guedes e os militares, por razões óbvias. Confesso que não tenho nenhuma simpatia por Fernando Henrique Cardoso, mas reconheço que seu filho Paulo Henrique agiu na sombra, mandava e fez o que queria sem atingir o pai. Reconheço também que nem os filhos de Lula foram tão ousados como os Bolsonaros. Não se sabe como, mas o presidente Bolsonaro terá que adotar uma atitude drástica, caso contrário muitas crises ainda vão explodir. Aliás, o vice General Mourão, já mandou o recado. Disse esperar que ele controle sua rapaziada. O presidente não pode de esquecer de que foi ele o eleito como a esperança de tirar o PT do governo e mudar o país. Se deixar a situação continuar como está, o PT readquire forças para fazer oposição cerrada. 

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